sábado, 15 de agosto de 2015

A poeira é nociva

Tenho meus momentos irônicos, sarcásticos, engraçadinhos, mórbidos e reflexivos também... E se os posto aqui é por que muitas vezes ele vai de encontro com o pensamento de alguém....
Então, a reflexão do dia hoje seria sobre POEIRA...Poeira em relacionamentos, no trabalho, nas amizades, na vida.... 
Quem não tem poeira espalhada pela casa, pelos móveis, pelos livros e nem se dá conta? Acha normal, um dia ir ali, dar uma sacudida, passar um paninho e aí parece que tá tudo limpinho e portanto "normal", a gente olha e por fora parece tudo bonitinho, limpinho, no lugar, cumprindo a sua finalidade de embelezar alguma coisa.
Mas será que a gente para para pensar que poeira é algo nocivo, que destrói, que dá alergia, que portanto é algo que nem mesmo deveria se deixar acumular em lugar algum?

Imagina só... Um livro lá na estante... Bonitinho, fazendo figuração, tendo a poeira assoprada, passado um paninho, mas nunca aberto... Imaginou? O dia que tu abre, ele está totalmente deteriorado, muitas vezes sem nem mesmo condições de ser restaurado...

Nada existe para ficar de enfeite... As coisas, os relacionamentos existem por um propósito e quando este não é cumprido, ou se descarta, sempre tem alguém que pode dar uma utilidade, ou se se dá conta de que aquilo é necessário, se tenta restaurar, mas um aviso... Nem sempre é possível...

É necessário sacudir a poeira da vida todo amanhecer e em muitas coisas é preciso mesmo nem permitir que ela se acumule, e isto principalmente em relacionamentos, pois neles a poeira quando se instala destrói totalmente a cumplicidade, o carinho, a afetividade.... 

E quando não prestamos atenção e deixamos a poeira tomar conta do relacionamento e ela destrói o amor? Aí não tem mais volta mesmo.... Mas será que quando a poeira está com uma camada grossa onde nem mesmo se consegue enxergar este amor, mas ele está ali embaixo daquela crosta toda, conseguiremos limpar? Seria possível limpar mesmo?? Esta é uma pergunta que não quer calar...

Antigamente víamos relacionamentos de muitos anos, hoje vemos de alguns meses apenas.... Estes relacionamentos duravam, não só por acomodação, mas por amor mesmo! Pois ao invés de trocarem de companheiro quando a poeira começava a ameaçar, eles limpavam a base de uma boa conversa, de respeito e de compreensão.

Pensando nisto, se hoje as pessoas não fossem tão preguiçosas, acomodadas, com certeza seria possível sim retirar a poeira encrostada em cima do amor e haver resgate de momentos maravilhosos 
ao lado do outro.... Só que esta restauração apesar de possível, necessita de muito boa vontade de ambas as partes, de trabalho árduo, e de muito, mas muito afeto e delicadeza... Começar a tirar a poeira com carinho, com doçura, redescobrindo a beleza que existe neste relacionamento que a poeira escondeu... E muitas vezes a surpresa é imensa, pois embaixo desta casca grossa de poeira existem pessoas lindas, com um amor imenso esquecido e jogado no canto...

Portanto, se não quiser perder o que de bom tem na tua vida, não deixa a poeira acumular.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Divagando sobre afetividade

Eu me considero uma pessoa super afetiva, e não só com as pessoas que convivo e sim como qualquer ser vivente... Não importa se é um mendigo ou um cão sarnoso, são seres vivos e portanto dignos de receber a minha afetividade e meu carinho, meu toque, não sinto nojo de tocar, nem pessoas nem animais, qualquer um que deseje receber meu carinho, que queira ter comigo um papo cabeça é bem vindo, e sei que tem muita gente que vai concordar em gênero número e grau.

Se estou hoje tocando neste assunto, não é para me vangloriar por ser assim, afinal sou só humana e os humanos deveriam ser desta forma, e sim para divagar um pouco sobre o tema afetividade...

A afetividade existe, ou não, em relacionamentos diversos, pais e filhos, amigos, namorados, namoradas, maridos, mulheres, amantes, mas noto que muitos dizem que não sabem dar e muito menos receber amor e afeto por que n infância isto não lhe foi ensinado e eu por muito tempo, apesar de ter pena de pessoas assim, as compreendi, afinal como elas dariam algo que não receberam, que não conhecem? Mas eis que descubro que afetividade não se aprende recebendo, ou se é alguém doce e afetivo ou não... Esta teoria do não tive carinho, por isto não sei carinhar nem receber, sou tímido para estas coisas pois não as conheci na infância... Balela!!

Carinho não é algo que se acumula para dar, é algo sim que sentimos vontade de dar e de receber quando amamos as pessoas de verdade sem a necessidade de se explicar os motivos de serem verdadeiras portas!

Descobri também, ou melhor, reafirmei a mim mesma que eu sou movida a afeto... Coisas materiais até são boas, nos proporcionam algumas alegrias, mas que afeto, carinho, toque é fundamental!!

Eu posso ser milionária que se eu não tiver amor, afeto, dedicação tanto para dar como para receber eu serei uma pessoa eternamente infeliz!!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A morte coloca nossa vida em xeque

A morte, ordem natural da vida, quando chega para pessoas próximas ou alguém a quem amamos tem ceifada a vida, acaba por colocar em xeque a nossa própria vida, não no sentido ameaçador de morte, mas sim no sentido de ficarmos perdidos no mundo, sem saber se estamos vivendo o que deveríamos, se estamos realmente cumprindo a nossa missão ou se estamos desperdiçando os momentos preciosos que a vida nos proporciona...

A perda de minha tia, uma segunda mãe, mexeu muito com meu íntimo... Dela tenho muitas lembranças, maior parte maravilhosas e notei que tanto um dos filhos, como muitos que foram se despedir dela, tem lembranças excepcionais, afinal com todos os defeitos, (que não os tem?) ela deixou lembranças espetaculares em muitas vidas, verdadeiras marcas que serão eternizadas em forma de alegria, de recordações vivazes, de alguém que nunca teve muito e nem precisou mesmo de muito, tinha a sua própria luz, sua alegria de viver, suas fantasias e realidades, fatores estes que fizeram a alegria de muitas pessoas, amigos, familiares, pessoas que conviveram com ela, seja no trabalho, na vizinhança, na SPAM, onde morou e fez belíssimo trabalho junto aos velhinhos que necessitavam tanto de carinho e atenção... Nas clínicas onde morou foi querida por todos, sei que cada um que passou pela vida dela tem uma lembrança bonita e muito alegre... Pois ela era a vida materializada... A alegria, a vontade de viver mais um dia e encher os outros de carinhos e sorrisos...
Ao fechar meus olhos, ouço o som da voz dela, da risada contagiante, da voz que me transmitia tanto amor.... 

Com esta perda, minha vida mais uma vez foi posta em xeque.... Será que eu estou vivendo de maneira correta? Será que estou cumprindo meu papel junto aos outros? E junto a mim mesma? Será que estou? Será que o caminho que eu escolhi está dando frutos para a humanidade? Será que eu mesma partiria hoje e ao olhar para cá veria um rastro de beleza, utilidade, alegria ou seria tudo isto uma ilusão?

Chegou mais um daqueles momentos tão meus de pausar tudo e refletir sobre minha própria existência!