A quem servir a carapuça, é porque sabe que tem em si esta verdade....

Então, cá estou eu outra vez... Depois do que escrevi hoje pela manhã, acabei por descobrir os motivos do acontecido, de porque viraram a cara para mim, a carapuça de um escrito meu serviu... Mas na verdade me utilizo do espaço apenas para falar sobre as minhas vivências, compartilhá-las com pessoas que muitas vezes passam por momentos assim como os meus e não tem a quem recorrer com quem trocar ideias e este blog tem esta função, mostrar aos outros a dor de ser portador de um transtorno de muitas vezes falar e escrever sentimentos latentes sem ao menos se dar conta de que os escreveu, mas como falei ainda hoje, quem se sentir ofendido, que venha até mim nos meus sóbrios momentos que ainda bem, são maioria e conversem comigo, não me esquivo das respostas, nem mesmo deixo de assumir o que foi dito, pois na verdade tudo aquilo que falamos está dentro de nós se não de uma forma latente, de uma forma escondida e dolorida.

Quando eu era criança, tinha uma grande ilusão de de ser madrinha de alguém por exemplo... Fui convidada para ser, fiquei feliz, me sentindo adulta, responsável por uma criança, mas na verdade me dei conta de que a criança não me considerava e até chamava outra de dinda, e assim minha gente acabei por me dar conta de que este tipo de escolha deveria ser feita pela própria pessoa... Pois eu amo profundamente uma outra pessoa, uma criança que me cativou pelo carinho, pela ingenuidade, pelo sorriso maroto que hoje a filha dela também tem e me cativou da mesma forma... São coisas que parecem banais, mas que a gente acaba por  tentar esconder de si própria as feridas profundas que as coisas ditas banais nos causam.

Eu não suporto hipocrisia, mas convivo com ela, infelizmente... A gente gosta das pessoas, mas sabe quando as mesmas estão apenas fazendo figuração, se fazendo de amorosa, o amor quando é verdadeiro é demonstrado de uma forma espontânea e não forçada, portanto tenho bem claro quem me ama e quem se faz... Eu não finjo amor, apenas uso da bela educação que meus pais me deram em qualquer situação, salvo as em crise de bipolaridade que não sei nem mesmo o que digo, mas com certeza digo aquilo que meu inconsciente esconde para que meu consciente não sofra.

Não peço perdão se por acaso magoei alguém com meus escritos, pois os revendo, sei bem que não disse nada além da verdade. Continuo amando e admirando as pessoas que já amava... Tô órfã de irmã mãe... Mas isto acontece, a gente sempre fica órfã um dia, mas isto não quer dizer que o amor que sempre senti deixou de existir.... Ele está lá escondidinho embaixo das cicatrizes que as palavras dela me deixaram....

Sou o que sou e quem sou e não me envergonho.... Sou grata a meus pais por me darem a vida e principalmente pela BOA EDUCAÇÃO que me deram, soube me comportar sempre sem fazer desaforos para as pessoas, principalmente para familiares, embora muitas vezes não gostasse de alguma atitude dos mesmos, lembrava que também teriam pessoas que não gostavam das minhas atitudes e então a boa educação prevaleceu sempre...

Infelizmente a bipolaridade é genética... Já tive antepassados com ela e sei que tenho também outras pessoas da família com este mesmo mal, e não pensem que ser bipolar é o que vocês vêem... Ser bipolar vai muito além do nosso entendimento...

Como bem escreve o bipolar Claudio Henrique da Silva:


Se algum dia encontrar alguém que te falar que é feliz por ser bipolar,impeça-o  de continuar, mas... se tiver que escutar e for necessário falar diga-lhe "nunca esqueça de orar e agradecer a Deus sem cessar por não ser bipolar".


Portanto, procurem não me julgar... Se não quiserem conviver comigo, não convivam... Prefiro que perto de mim estejam aqueles que acreditam que não faço por mal, que meu cérebro desordena e que eu  realmente não sou consciente de muito do que faço, quando em surto é claro!!!

Fique do meu lado, quem crê em mim e que me ama incondicionalmente!!!