Hoje quero falar de sonho, não no sentido literal da palavra, não sobre aquele quando deitamos e imagens e sentimentos guardados no nosso subconsciente se revelam, mas sobre aquele sonho que te move.... Acredito que todos temos um sonho, cada um a sua maneira, conforme sua vivência, creio que somos feitos daquilo que sonhamos, pois é por isto que lutamos e levamos a vida adiante, sempre procurando manter vivo aquilo que nos move... Mas eu ando tão esgotada pós pandemia, que ao meu ver ainda não acabou, ainda existe uma insegurança, o vírus continua circulando e enquanto muitos seguem a vida normalmente eu continuo a sentir uma angústia, uma dor na alma que não me permite reconhecer meu sonho... Em meio a toda esta insegurança que vivemos hoje, sinto que está de volta a minha criança interior, aquela criança ferida, que carrega em si as dores da rejeição o que me fez ser uma adulta que esquece de si própria para cuidar do outro, tentar muitas vezes viver a vida do outro, pra esquecer as dores da minha alma... Teve tempo que eu consegui viver escondendo esta minha dor e servindo aos outros anulando a mim mesma e isto fez com que eu nem soubesse quem realmente sou. mas eis que veio o tempo de viver por mim e para mim, de descobrir aquilo que fazia meu coração vibrar, tempo este em que me senti feliz, acolhida pelo mundo, mas logo a pandemia e o terror se instalaram e aquela adulta que estava superando as dores, se voltou pra criança interior e resolveu legitimá-la, voltando assim aquele sentimento de solidão mesmo estando rodeada de pessoas, volta aquela dorzinha da carência e da falta de aceitação, que hoje entendo que estava tão enraizada que eu imaginava ser descartada pelo outro e sim por mim mesma... Na verdade eu nunca soube me aceitar e amar, me escondi a vida toda atrás da caridade que eu fazia, assim me ocupava com a vida do outro, o problema dele e deixava os meus escondidos, só que chega o momento da prestação de contas com nós mesmos e quando a minha chegou eu resolvi sair da sombra e protagonizar a minha história, mas a pandemia me pegou e me devolveu ao lugar de rejeitada e triste, que é onde estou e não sei se terei coragem de sair novamente daqui, foram mais de dois anos longe do mundo que hoje parece que voltei a ser criança e estou escondida embaixo da cama com medo de sair e encontrar o monstro que quer me pegar...
Sentimentos,reflexões, nuances, reflexos,
enfim...
'Todas as cores de minhas vivências'
segunda-feira, 7 de março de 2022
Sonhos....
Hoje quero falar de sonho, não no sentido literal da palavra, não sobre aquele quando deitamos e imagens e sentimentos guardados no nosso subconsciente se revelam, mas sobre aquele sonho que te move.... Acredito que todos temos um sonho, cada um a sua maneira, conforme sua vivência, creio que somos feitos daquilo que sonhamos, pois é por isto que lutamos e levamos a vida adiante, sempre procurando manter vivo aquilo que nos move... Mas eu ando tão esgotada pós pandemia, que ao meu ver ainda não acabou, ainda existe uma insegurança, o vírus continua circulando e enquanto muitos seguem a vida normalmente eu continuo a sentir uma angústia, uma dor na alma que não me permite reconhecer meu sonho... Em meio a toda esta insegurança que vivemos hoje, sinto que está de volta a minha criança interior, aquela criança ferida, que carrega em si as dores da rejeição o que me fez ser uma adulta que esquece de si própria para cuidar do outro, tentar muitas vezes viver a vida do outro, pra esquecer as dores da minha alma... Teve tempo que eu consegui viver escondendo esta minha dor e servindo aos outros anulando a mim mesma e isto fez com que eu nem soubesse quem realmente sou. mas eis que veio o tempo de viver por mim e para mim, de descobrir aquilo que fazia meu coração vibrar, tempo este em que me senti feliz, acolhida pelo mundo, mas logo a pandemia e o terror se instalaram e aquela adulta que estava superando as dores, se voltou pra criança interior e resolveu legitimá-la, voltando assim aquele sentimento de solidão mesmo estando rodeada de pessoas, volta aquela dorzinha da carência e da falta de aceitação, que hoje entendo que estava tão enraizada que eu imaginava ser descartada pelo outro e sim por mim mesma... Na verdade eu nunca soube me aceitar e amar, me escondi a vida toda atrás da caridade que eu fazia, assim me ocupava com a vida do outro, o problema dele e deixava os meus escondidos, só que chega o momento da prestação de contas com nós mesmos e quando a minha chegou eu resolvi sair da sombra e protagonizar a minha história, mas a pandemia me pegou e me devolveu ao lugar de rejeitada e triste, que é onde estou e não sei se terei coragem de sair novamente daqui, foram mais de dois anos longe do mundo que hoje parece que voltei a ser criança e estou escondida embaixo da cama com medo de sair e encontrar o monstro que quer me pegar...
Postado por
Be
às
23:33
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