quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Aconteceu em um tempo de sala de bate papo sadia...

Nomes fictícios para preservar identidades...

Há uns anos atrás,creio que dez para ser mais precisa, as salas de bate papo eram sadias, talvez por quem fizesse uso dela, fossem adultos e pessoas solitárias que lá buscavam um pouco de divertimento.

Nestas salas haviam bailinhos virtuais, conversas formais e informais, usavam nicks para não serem descobertos, mas acabavam se dando de cara com vizinhos que tinham a mesma intenção... Então fechavam uma sala, e lá cada um era sua própria identidade, e assim conheciam um pouco do mundo solitário e real de cada um.

Destas salas saíram namoros, casamentos formais e informais, era a oportunidade de conviver com a diversidade que o nosso dia a dia não permitia, pois a convivência que tínhamos era com pessoas de nosso trabalho, família, estudo, portanto tudo limitado a um certo tipo de vivência e com estes novos amigos compartilhávamos experiências surreais que jamais nos seriam permitidas afinal vivíamos apenas nosso mundinho particular.

Pois bem , foi nestas salas que amizades se tornaram inseperáveis, namoricos e namoros sérios, como já falei casamentos formais e informais... E de um casamento informal lembro muito bem, até porque conviví com estas pessoas... Uma guria que pouco conhecia da vida, tímida e com pouca vivência , vamos chamá-la Ísis, encontrou-se com um rapaz  cheio de vida que se intitulava Pastor Lulu, um cara de bem com a vida, onde nada mesmo tirava o bom humor, sempre, mesmo quando a vida virava as costas, achava um motivo para ser feliz!! Na sala ele era diversão pura!!


Eis que ele e Ísis começaram a bater papo no telefone e ela foi descobrindo a alegria de viver e não ter vergonha de quem era... Saía pela rua espalhando sorrisos e sempre uma palavra de conforto. Ísis era super humana, não se conformava com as injustiças do mundo e Pastor Lulu não deixava por menos, queria ver a alegria em cada rosto e eu encantava-me com isto... Queria conseguir um dia ser um pouco, pelo menos, assim liberta como ela... Eu sempre viví num mundinho a parte... Só meu, onde me sentia segura...

Portanto, Ísis e Pastor Lulu viveram um casamento informal muito intenso, fizeram o bem para muitas pessoas e compartilharam entre eles vivências diferentes que os tornaram o que são hoje. Apesar de incompreendidos lutaram pelo tempo que deveriam para mostrar ao mundo ao que vieram...

Um dia Ísis e Pastor Lulu se separaram, era chegada a hora, mas jamais deixaram de lembrar um do outro e carregar consigo a lição que aprenderam nesta convivência. (já não convivo mais com ela... Não sei como estão, mas era o que se esperava deles, pois pelo que recordo, tudo foi muito tranquilo, o começo e o término... Sabe quando uma lâmpada queima? Pelos relatos imagino assim...)

Hoje a internet está devassa, já não mais existem histórias como a deles, como a de Anne e O'Dell, Mulher gato e Dinho...  O Zen que não sabia com quem ficar... Sempre na retranca, meio na dele... Assim como eu... Aliás, tínhamos muito em comum... Nosso mundo era só nosso!!!  Mas com certeza cada um deles fez a diferença!!!

(Obs: Conviví com estas pessoas, conheci no real a maioria do povo que frequentava a sala de Pelotas do UOL, foi muito bom, ganhei experiências mas já há tempos não tenho contato com nenhuma delas... Mas até isto faz parte da nossa existência...)


Um comentário:

  1. Be,me amarrei lendo teu blog que encontrei por um acaso do acaso que nem meu caso com o Lulu.
    Meu nome e de outras pessoas ficaram meio parecidos menina, mas não tem importância.
    Fiquei feliz por lembrares de mim e parece que convives com a gente até agora pq é bem por ai, quando dá da gente se topar pelo mundo nos damos bem, conversamos e tudo é relembrado di boa.
    Valeu mesmo tua lembrança!!

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