quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Confissão por Luis Henrique Balera

Olá, muito prazer!
Bem vindo ao momento em que me encontro numa confusão deliciosa, compartilho com você minha euforia proibida e minha realidade distorcida.
Algumas palavras de sabedoria não me seriam bem vindas no momento e acho que nem ao menos você, leitor, gostaria de um sermão ou uma lição de moral a esta altura não é?
Pois bem, vamos compartilhar deste sentimento puramente humano e sombrio, mas que é instantaneamente glorioso. Existe algo mais saboroso do que uma fruta doce e picante? A cada mordida sentimos instantaneamente seu sabor sedutor, e logo em seguida a ardência de um momento sado, e ao largar nos damos conta de que gostamos deste desafiador prazer e provamos mais um pedaço.
Como é bom poder experimentar esta fruta, mas como é ruim ter consciência de sua letalidade.
A brutalidade do amor é algo sufocante, pois é capaz de tirar a razão dos seres mais racionais e calculistas, e por isso meu amigo, digo que o amor é brutal. Penso que se existe a possibilidade de termos sido castigados pelo pecado primordial de Adão e Eva, esta foi a sentença nos dada: amar!
Amar é sem sombras de dúvida a maneira mais sádica de um ser humano se entregar aos prazeres e sentimentos inocentes e perversos, tudo em um apanhado rude de inconseqüências e ilusões selado com um embrulho de pureza. Cuidado ao abrir, pois uma vez dispersos costumam fugir ao controle e à razão.
Compreenda leitor o meu desapego a tais sentimentos, ou pelo menos a minha tentativa de relutância, pois se torna vulnerável e frágil o possuidor de tal sentimento. É como viver em uma guerra interna, onde a vitória não vem sem antes um grande massacre sangrento e doloroso. A estratégia atual vem por cegar o mensageiro responsável por avistar o inimigo, gerando assim uma derrota rápida e fria, pois assim prefiro perder do que ser considerado um ditador vitorioso, me chame de covarde ou louco, mas minha loucura me mantém são.
Quais as vantagens da vitória se tudo o que ela traz é mais sofrimento ao inimigo e invoca outros desafios ainda maiores para o vitorioso. Acredito que penso assim porque em toda a minha jornada não me lembro de um dia ter vencido sequer uma batalha, mas quer saber, quem vence de verdade é quem tem certeza de estar certo mesmo que toda a maré se volte contra ele, e para ser sincero, nunca tive a certeza para enfrentar ao menos uma marola.
Torne-se forte, torne-se fraco. Mas independente de tudo, torne-se você mesmo.
24/07/2010 – 00:44
Luis Henrique B. S. Balera.

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