terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Um pouquinho sobre Caio F


Caio Fernando Loureiro de Abreu nasceu no dia 12 de setembro de 1948, em Santiago (RS). Ainda jovem foi morar em Porto Alegre onde publicou seus primeiros contos. Cursou Letras na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, depois Artes Dramáticas, mas abandonou ambos para se dedicar ao trabalho jornalístico no Centro e Sul do país, em revistas como Pop, Nova, Veja e Manchete, foi editor de Leia Livros e colaborou nos jornais Correio do Povo, Zero Hora, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.Em 1968 — em plena ditadura militar — foi perseguido pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), e se refugiou no sítio da escritora e amiga Hilda Hilst, em Campinas (SP). Foi considerado um dos principais contistas do Brasil, sua ficção se desenvolveu acima dos convencionalismos de qualquer ordem, evidenciando uma temática própria, juntamente com uma linguagem fora dos padrões normais. Em 1973, deixou tudo prá trás e viajou para a Europa. Primeiro andou pela Espanha, depois foi para Estocolmo, depois Amsterdã, Londres — onde escreveu Ovelhas Negras — e Paris. Voltou a Porto Alegre em fins de 1974,mas parecia não caber mais na rotina do Brasil dos militares: Tinha cabelos pintados de vermelho, brincos imensos nas duas orelhas e se vestia com batas de veludo cobertas de pequenos espelhos, e deste modo andava calmamente pela Rua da Praia, centro da capital gaúcha. Em 1983 foi para o Rio de Janeiro e em 1985 passou a residir novamente em São Paulo.

Voltou à França em 1994, a convite da Casa dos Escritores Estrangeiros. Lá escreveu Bien Loin de Marienbad. Quando descobriu ser portador do vírus da AIDS, em setembro de 1994, Caio Fernando Abreu retornou a Porto Alegre, onde voltou a viver com seus pais. Passou a cuidar de roseiras, encontrando assim um sentido mais delicado para a vida. Foi internado no Hospital Menino Deus, onde faleceu no dia 25 de fevereiro de 1996.

É sempre lembrado e admirado por seus livros com linguagem poética e ao mesmo tempo irreverentes... Para mim, um autor digno de admiração mesmo que póstuma!!!

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