sábado, 16 de abril de 2011

Ditos populares...

Sempre ouví falar na outra metade da laranja, no sempre tem um chinelo velho prá um pé torto e coisas do gênero para se tratar de relacionamentos... Não concordo com nenhum dos ditos populares e vou dizer o motivo... Não podemos nos permitir sermos metade! Precisamos ser inteiros, não depender emocionalmente de ninguém! As crenças são incutidas nas nossas cabeças desde muito cedo se tornando padrões para o resto de nossas vidas! Eu tenho de ser alguém completo... Preciso me bastar, ter amor próprio e não procurar em alguém aquilo que me falta, os relacionamentos existem para que possamos acrescentar alguma coisa na vida de alguém, mesmo que seja apenas companhia, e não para ser a metade do outro.

O mesmo acontece com esta coisa do chinelo velho para um pé torto... Estamos diminuindo as pessoas sempre que fazemos esta afirmação, sem esta, como falei ninguém deve esperar que outro ser complete a sua existência ou se encaixe totalmente em seus padrões, os relacionamentos que dão certo são justamente aqueles que todos imaginam que não pode dar em nada, são pessoas com muitas  diferenças e algumas semelhanças, e que estas duas acrescentam a maturidade a eles.

Mais um dito... Dois bicudos não se beijam... Olha que até se beijam sim, mas com certeza eles terão algumas diferenças para que possam colaborar com o outro na realização. 

Embora eu acredite que cada um precise gostar da sua própria companhia, que nunca deve depender de alguém emocionalmente, não quer dizer que eu tenha tirado isto assim, do nada... Eu cheguei até esta opinião pelas minhas próprias vivências! Aprendí com minha caminhada a gostar da solidão, nem é bem solidão, mas sim de mim mesma, da minha própria companhia e mais ainda a não colocar jamais a responsabilidade sobre a minha felicidade nas mãos de quem quer que seja!!

Desta maneira, me torno sempre a responsável por tudo aquilo que me acontece, seja bom ou ruim...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Procure me amar...

Saudade...

 Então... Sempre pensei em saudade como algo postivo, que servia para pensar em alguém, relembrar momentos, fazer a pessoa saber que sentí saudade  para mim até então era manifestar carinho mas quando sentí saudade de verdade me dei conta do quanto dói.

Quando ficamos longe de alguém que convive conosco diáriamente mesmo que por algumas horas, temos o costume de perguntar se sentiu saudade... A pessoa fica com aquela cara de caneca sem saber o que responder e acaba dizendo que sim... Mesmo que estivesse envolvido em trabalho ou em outro afazer e nem tenha lembrado de nós, mas não por ter mais ou menos carinho, e sim por estar focado no que estava fazendo. E vendo pelo ângulo de que a saudade é uma dor... Não mais perguntarei se alguém sentiu saudade minha... Não irei querer que sofram por mim... E saudade de verdade dói e muito.

Creio que crianças não sentem saudade... Pois elas não buscam o passado, nem mesmo imaginam o futuro, vivem intensamente o presente, não importando se estão com mãe, pai, tia, professora da escolinha... Elas vivem o momento e fim de papo! Já quando crescemos, deixamos esta inocência prá trás e vamos em busca de momentos saudosos do passado, nos preocupamos demais com o futuro que nem existe, pois o que na realidade existe é o presente... O presente é a nossa constante!

Saudade é  um pouco sinônimo de dor, mesmo que não o seja no dicionário, nos foi  ensinado que precisamos sentir saudade para demonstrarmos sentimento... E não é bem assim, esta crença vai limitando mais e mais a nossa vida, pois cobramos das pessoas que sintam saudade nossa... Então estimulamos o sofrimento e isto vai aniquilando com a saúde mental nossa e dos outros... Nossa quando nos damos conta que não fomos alvo de saudade realmente e dos outros quando cobramos em demasia este sentimento.

Não precisamos de momentos de saudade curtidos por pessoas que vemos a todo instante ou que convivem conosco... Deixemos esta saudade para aquelas pessoas que só vemos com os olhos do coração ou também aquelas que por um motivo ou outro não temos oportunidade de encontrar...

Se falei na saudade, na dor que causa uma saudade é porque ela está latente no meu viver...




segunda-feira, 11 de abril de 2011

Citando Rubem Alves... "Morienterapia"

Publiquei aqui no blog, um texto de Rubem Alves muito profundo e verdadeiro e que ao final ele sugeria a "Morienterapia", ou seja uma disciplina, um curso,  que abordasse os cuidados com quem está morrendo. O  morienterapeuta que, segundo  Rubem Alves, entraria em cena quando a despedida fosse certa, e creio eu que deveria ser uma pessoa tranquila, que tenha um bom entendimento sobre morte e vida e morte em vida... Pois é muito mais triste morrer em vida do que realmente morrer.  Que soubesse lidar bem com o fim, com o fim dos que ele cuida e com o seu próprio fim... Aí teria outro que cuidasse dele... Desse morienterapeuta se esperaria cuidados e carinho com o corpo e com o espírito de quem se prepara para o desenlace, e também trataria a família deste paciente, pois ela também precisa de cuidados e de esclarecimentos para que não fique prendendo o espírito de quem tem que partir...

E sabem o motivo de eu estar abordando este assunto hoje? Por que depois de tomar conhecimento do texto de Rubem Alves, me coloquei a refletir sobre o assunto e entendí que na verdade seria muito importante a formação de terapeutas para este momento terminal, para que nos esclarecesse que não devemos querer prolongar os dias de alguém só para não perdê-lo, pois se olharmos bem para a situação veremos o quanto há de egoísmo quando tentamos manter alguém vivo quando é chegada a hora da partida... Tudo tem seu momento, inclusive  morrer.

Relendo o texto do Rubem, fico pensando... Eu não queria ter assistido ao sofrimento do meu pai, entubado, cheio de monitores numa UTI... Mas não tive a coragem e nem mesmo a clareza de que o fim era chegado, fiquei fazendo de tudo para que ele não partisse... Preferí acreditar que os procedimentos fariam com que ele se mantivesse vivo o tempo suficiente para a sua recuperação... Fechei meus olhos para o óbvio... Ele mesmo já havia se despedido semanas antes... Ele próprio sentiu que sua hora era chegada, mas eu não aceitei, não quis enxergar o quanto de verdade tinha naquela despedida... E hoje assumo minha parte da
responsabilidade, não que ele tenha sido mantido vivo por minha causa, mas com certeza eu colaborei para isto!!

Não me tornarei uma morienterapeuta, não  porque este curso não existe, pois poderia me preparar para tal, mas assumo que a morte ainda me assusta, que não sei se teria as condições necessárias para conduzir com carinho uma pessoa ao seu fim... Mas com certeza, terei um outro olhar sobre querer manter aqui alguém que já partiu...

Se hoje colhemos... É porque um dia semeamos...

 Sabe aquele dito popular... Quem planta colhe!! Este se refere à práticamente tudo, coisas boas ou ruins... Tudo aquilo que nos acontece hoje, foi semeado em algum tempo por aí... Precisamos observar melhor nossas semeaduras, ou seja, nossas escolhas, pois as consequências um dia baterão à nossa porta e não poderemos colocar a culpa em ninguém, pois nós somos os únicos responsáveis por aquilo que nos ocorre, nós criamos o nosso destino com as escolhas e decisões tomadas ao longo de nossas vidas.

Portanto, precisamos sempre escolher, semear com muita responsabilidade... Pensar antes de agir... Refletir nas consequências que um ato nosso possa acarretar para que não nos arrependamos mais tarde.

Sempre fui imediatista, não pensava muito nas coisas antes de fazer, queria o negócio feito e era prá ontem! E fiz muitas escolhas erradas e algumas acertadas, sempre me responsabilizei pelas duas... Mas a vida me trouxe como "dever de casa" o exercício da paciência e hoje dou-me conta que as decisões bem pensadas, trazem uma colheita mais madura e saborosa!!!

Caio F.

Sobre a morte e o morrer

O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de
um ser humano? O que e quem a define?

Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...

Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”

Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...”

Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.

Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.

Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.

Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.

Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".

Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.

Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo

Acomodação

Hoje me peguei pensando no quanto nos acomodamos ao longo da vida... E mais ainda, como isto causa prejuízos presentes e futuros. A questão é que a acomodação, seja pessoal, profissional ou em relacionamentos nos dá uma falsa sensação de segurança, mas na verdade ela nos mata emocionalmente.

O pior de tudo é que nos acostumamos com certas situações e vamos nos acomodando a elas, fazendo com que nossas emoções sejam combatidas dia a dia...

A acomodação a que me refiro, não é sinônimo real de preguiça, mas bem que tem um tom sim, pois objetivamente temos preguiça de procurar por uma situação diferente e que derepente nos traga liberdade, pelo simples fato de que  parar prá pensar e refletir se torna cansativo... Dá uma preguicinha... As pessoas se acomodam na sua própria acomodação, não se interessam mais por uma viagem, um cinema, um passeio ao ar livre, visitar um familiar ou amigo, ou então a leitura de um bom livro, preferem ficar acomodados num sofá assistindo tv e sendo bombardeado pelo lixo moral que a mídia oferece!

Já fui uma pessoa um pouco acomodada sim, acomodada em relacionamentos, no trabalho... se as coisas estavam indo de maneira aceitável, prá que ir em busca de algo diferente? Prá que arriscar em algo novo se  estamos indo bem assim? Por que a vida não foi feita para a preguiça e a acomodação gente! A vida foi feita para ser percebida, vivida e principalmente para aprendermos lições valiosas que só acontecem se tivermos a devida coragem para deixar a acomodação de lado e ir em busca de novos conhecimentos, novos desafios...

Eu já larguei a acomodação e a preguiça... E quando uma delas vem me tentar, eu falo comigo mesma... vai guria... Te levanta... Os desafios estão a tua espera e se não fores em busca, outro alguém irá se beneficiar daquilo  que deveria ser tua conquista!!! Então eu me encho de coragem e me atiro no mundo!!! E a acomodação? Vai embora se atirar sózinha na cama ou no sofá, pois não tem mais a minha valiosa companhia!!!



sábado, 9 de abril de 2011

Pablo Neruda

Morre lentamente
Quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
Quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com que não conhece.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pingos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho; quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho; quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente
Quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar...
Estejamos vivo, então!

Na concha outra vez...

Mais uma vez na concha... Em outro tempo eu diria... Mais perda de tempo, mais vida desperdiçada... Mas hoje penso diferente... Estou na concha sim, mas não em vão, desta vez estou fazendo valer  a pena este tempo de interiorização, pois não é só um tempo de depressão e tristeza e sim um tempo de reflexão sobre os acontecimentos e sobre a verdade da vida!

Profundo isto não? Verdade da vida... Mas sim a vida de cada um  tem sua própria verdade... Cada um está onde está por um motivo, vivenciar experiências que foram escolhidas por ele próprio em outro tempo, só que muitas vezes nesta vivência perde a coragem e não consegue ir em frente naquilo que um dia pediu, mas terá outras oportunidades de vivenciar o que queria... Basta pedir também coragem e perseverança e não apenas a vivência a ser experenciada.

Sei que muitos dos meus erros passados foram cometidos por não ter tido talvez a força necessária para experenciar ao que vim, mas também tive coragem de desistir e seguir em frente lutando pelos outros objetivos que me trouxeram até aqui!

Descobrí de verdade, que nenhuma pessoa que cruza o nosso caminho o faz por acaso, nenhuma mesmo... De algum modo estamos todos interligados e quem sabe já tivemos algum tipo de vivência juntos? 

Meu aprendizado mais novo é o perdão... E perdão não é aquele que a gente solta boca a fora não, o perdão é algo Divino e grandioso, mas muito difícil de se alcançar de verdade. 
Neste meu tempo interiorizada, tenho refletido muito sobre ele, e sei que a falta dele não é desta vivência é de muitas e muitas vivências atrás e que se eu conseguir vencer agora, ou seja aprender o perdão tanto para mim como para com os outros, serei curada desta ferida de longa data!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Internalizando...

Me internalizei tanto nestes últimos dias  que a impressão que tenho é que estou novamente no útero da minha mãe... De lá não vejo nada do mundo aqui fora, não posso ser atingida diretamente por palavras que de outra forma poderiam me ferir... Lá estou sendo gestada com amor e esperada com ansiedade... Aquele lugarzinho tão seguro e aconchegante mas que ao mesmo tempo é o local da preparação de um novo Ser, que tem suas dúvidas e preocupações de como será aqui fora...


É bem assim que eu estou há vários dias... Escondida, com medo do mundo aqui fora... Não querendo sair daquela comodidade, pretendendo ficar por lá e ao mesmo tempo sabendo que a vida aqui fora me chama, grita, urra por mim, mas eu não consigo, estou paralisada, como se não tivesse totalmente formada e não me fosse possível tomar qualquer atitude.


Sei lá, mas as atitudes alheias, a hipocrisia e a falsidade das pessoas me deixam mal, me envergonham... Sei que eu não sou uma só... Afinal sou bipolar e este nunca é um só... Mas mesmo assim, sou transparente, assumo o que penso e não me escondo quando dou uma opinião, quando mostro meu modo de pensar... Se não gosto de algo, as pessoas irão saber e se gosto também... Sem essa de na frente ser um e pelas costas outro... Isto me indigna e me maltrata o coração. Preciso conviver e até consigo, mas tem dias que estas coisas me abalam e lá vou eu surtando denovo...
 
Interessante, eu me conheço e me reconheço muito bem... Eu sei quando o surto tá por vir e aprendi a me defender dele, mas desta vez apesar de eu estar sentindo a proximidade, fui incapaz de voltar atrás... Quando entro em surto, entro para uma concha imaginária e não me mexo... Paralisa tudo... Não consigo conversar com quer que seja, atender ao telefone se torna uma tarefa impossível, atender a porta também... Não consigo atender ninguém... Minha mente se desordena de tal maneira que tudo é encarado como "ameaça" ao meu mundinho interior e seguro...

 
Há um tempo atrás era comum eu me desligar de tudo e me colocar em uma concha para lamber minhas feridas e quando me sentia forte e recuperada saía dela e ía de encontro à vida! Mas até este tipo de atitude havia se tornado obsoleta, 
já não mais me escondia do mundo, tinha forças para viver sem me esconder, sem a necessidade desta auto proteção, estava acreditando que este tipo de coisa não me ocorreria mais, que o passado estava realmente guardado lá no lugar que lhe é próprio, mas os fantasmas dele voltaram  a me assombrar  e me machucaram tão profundamente que será necessário este tempo de gestação para que eu possa mais uma vez atingir a força e o equilíbrio necessário para nascer outra vez!!!
 
Estou sendo gestada... Só espero que não leve nove meses esta gestação tardia...

Tristeza...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Culpa...



Culpa... Ah esta coisa me persegue há muito tempo...
Já falei na culpa aqui, ou então de ter que aprender a me perdoar... Tenho batido de frente com o perdão várias vezes últimamente, e percebí que ele pode sim fazer parte de mim... E sabem que eu havia até conseguido tirar o peso da culpa de cima de mim? Sim, já estava me conformando com a idéia de que o erro faz parte da vida, já que não somos pessoas perfeitas e sim seres incompletos... Erramos sempre em alguma coisa e erraremos ainda muitas vezes. Algumas vezes é mesmo necessário errar, ou seja tropeçar para aprender o caminho certo, pois só nos transformamos, a partir da consciência do erro.

Só que parece que minha culpa voltou a me atormentar, pois ela envolve pessoas que crêem que sou culpada pela infelicidade delas... Mas gente errar é humano! Como já falei, erramos e erraremos e aprenderemos com os erros... Tenho sim erros cometidos no passado, mas que fiz de tudo para que fossem concertados, mas quem hoje íntima e talvez inconscientemente me culpa, não quis ver o acerto... Então, seria justo eu viver em culpa? Ou melhor não viver? Sim, pois a culpa me aprisiona no passado... Um passado cheio de tristezas e de depressões que eu gostaria de conseguir apagar, mas que volta e meia vem a tona me deixando triste, mais culpada ainda por ter tentado jogar a culpa fora!!! E assim me deprimo mais uma vez e me coloco de costas para a vida!!! Justo em um momento em que eu estava colocando o equilíbrio e a realização acima de qualquer culpa existente no passado, havia deixado-a lá...

E sabem o que eu constatei? Que quem se culpa, além de muitas vezes querer jogar algum tipo de culpa por cima de outros, não consegue se perdoar e nem mesmo perdoar atitudes alheias... Isto é por demais degradante, mas percebí que é assim...

Cansada demais de viver a opressão da culpa!! Viver oprimida pela depressão e pelo medo... Sentir culpa até mesmo de ser feliz... Então a felicidade nunca se completa!!!

Será que um dia eu conseguirei matar este monstro chamado CULPA?

terça-feira, 5 de abril de 2011

Um caminho de luz nas minhas vivências...

Lembram que há algum tempo falei aqui sobre o caminho que me foi indicado a seguir? E que este caminho seria o Reiki? Então... Desta vez eu fui obediente e corrí atrás... Cursei os três níveis do Reiki Usui e minha meta a ser atingida agora é o mestrado. Mas isto tudo não para poder falar que cursei e tal, mas sim para que eu continue o caminho de evolução espiritual que estou trilhando e que tem me dado uma nova visão de mundo, de vida e de espiritualidade.


É realmente fantástico o que eu tenho crescido em qualidade de vida desde que conhecí o Reiki e minha Mestre Lú Albuquerque, é claro, sem a presença marcante e firme dela minha evolução não teria sido assim tão grande!!

Além do reiki, ela me mostrou outras oportunidades de cursos e práticas e na verdade minha vida deu um grande salto... Da falta de objetivos para objetivos claros e concretos... Da falta de ânimo para animação e alegria...

Tô tri feliz com os cursos que realizei sob a supervisão dela... Radiestesia Clínica e Florais, Tarô, Numerologia... E também dos grupos de Estudos e Práticas.Tudo isto fez e fará com certeza a diferença na minha existência!!!

Eu posso...



Gente, descobrí,( talvez tardiamente, mas se pensar bem, nunca é tarde para o aprendizado...)
que ninguém é responsável pelo meu destino,pelo meu sucesso ou fracasso que não eu mesma.
Eu tenho que redescobrir o caminho que vai me levar até onde eu quero chegar e seguir este caminho com meus próprios pés... Sou responsável pelas minhas escolhas, sejam elas qual forem,a única coisa que não me é permitida, é ferir o livre arbítrio do outro.
E ao despertar para a vida, para a verdadeira vida, descobrí que desejo alcançar a felicidade,sucesso,superar dificuldades, vencer obstáculos.... Preciso esquecer  quem fui ontem e, a partir de agora, ser alguém bem melhor. Basta querer. Eu quero, eu posso, eu me transformo.
Sou consciente de que tenho o poder de pensar como eu quero, que tenho o direito de pensar no que eu quero para o meu próprio bem, e posso impor ao meu mundo interior tudo aquilo que eu quiser. 

E o que eu quero?   Sintonizar com o melhor, esquecendo a pessoa que eu fui, sobretudo meus vícios de pensamentos.... Que não eram poucos...Penso agora no equilíbrio,  permitindo  que ele toque na aura e assim atinja todas as áreas da minha vida e do meu corpo. Deixando fluir a consciência de que eu posso... Posso estar em equilíbrio... Impor este equilíbrio é colocar na prática meu poder pessoal com responsabilidade Divina e com coragem.

Eu posso... Sei que atinjo sempre meus objetivos, afinal eu sou a  responsável direta pela minha construção!!!